No dia 13/06/2008, a categoria dos professores estaduais decide (segundo a APEOESP) pelo início da greve (16/06), por tempo indeterminado.
Pertenço a outro sindicato.
As mudanças promovidas pela nossa secretária e o decreto do governador, tiraram e tiram o sono de muitos professores. Há risco de desemprego, presente como nunca. Sou titular, não corro riscos com essas novas medidas.
Estou num dilema terrível. Não quero parar. E as crianças, como ficam? Meus alunos estão ainda fortalecendo o aprendizado na leitura e escrita. Outros, na Matemática, nas simples contas de adionar e subtrair (divisão e multiplicação, nem pensar nesse momento).
Meus Deus, como eles ficarão sem aulas, por sei lá quanto tempo? Já foram tão prejudicados, detonados, excluídos, estigmatizados pela falta de domínio no ler e escrever. Como interromper, nesse momento, esse processo de conquistas tão importante para eles e suas famílias?
Por outro lado...
Por outro lado meus colegas correm riscos da perda de emprego. Os professores ATPs estão preocupados, desanimados, inquietos com as mudanças propostas por nosso atual governo. Alguns lecionam há 22 anos e podem perder tudo da noite para o dia, caso não sejam aprovados no concurso do final do ano de 2008.
Embora entenda que as atuais medidas visem a melhora do ensino, aqui em sampa, vejo-as como radicais, parciais, por não considerarem as necessidades dos professores temporários da rede pública estadual.
Não gostaria de atrapalhar a luta pelas conquistas dos meus colegas mas não gostaria, também, de entrar em greve. Sei lá, difícil isso, viu?
De qualquer forma, na segunda feira irei à escola. Não sei o que vai acontecer nem como estará o movimento. Hoje, penso em não parar. Veremos o que decidirei na semana que vem.
Não gosto disso...
Formação da competência docente
Há 7 anos
2 comentários:
ixi a paralisação fez eu ter q andar mt!!
hahahahaha
é confuso né...vai saber!
Taí, engrosso fileiras pelos motivos expostos no seu "desabafo" mais que justo. Há que se pensar nos que estão perdendo e há muito tempo, e podem não ter como recuperar. Há que se pensar numa melhora de ensino, público, especialmente. Há que se pensar que em tempo algum o professor, profissional, foi valorizado e ainda corre o risco de ficar desempregado, e isso é também lamentável.
Mas, sou radical, as vezes ou quem sabe, sempre..rs.. sou contra greves. Esqueceram o diálogo?
Ou ele, é eloqüente nas proximidades das eleições...?
Postar um comentário