Um. Dois - Um,dois,três.
Um. Dois - Um,dois,três.
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
Foi assim que a turma PIC, minha classe, iniciou sua apresentação na comemoração do Dia da Independência do Brasil.
Utilizando o poema Canção do exílio, de Gonçalves Dias, criamos um rap como sua melodia. Tínhamos apenas as palmas para marcar o ritmo (um, dois...).
Os alunos ficaram tímidos, cantaram baixo, erraram a seqüência. Um dos meus acelerou o bater das palmas e todos os demais (alunos, professoras, coordenação, direção, etc) que nos acompanhavam, aceleraram, também. Foi uma correria. Foi um auê! Fiquei brava, perdi o ritmo, enviei um olhar 51 para meu aluno (aquele), daqueles que inibe até um defunto, e recomecei a marcação, depois de silenciar as palmas aceleradas.
As outras séries marcaram presença, também.
No fim, deu tudo certo, felizmente. Só que eu perdi minha irritação somente minutos depois, bem depois. Nem dei os parabéns aos meus alunos. Apenas disse: o que aconteceu? Na sala de aula vocês não param quietos, cantam e tudo o mais. Mas, aqui e agora que vocês poderiam cantar bem alto, ficam mudos? Vai entender...
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