segunda-feira, 29 de setembro de 2008

TUDO DE BOM...

Recebi o seguinte bilhete:

"Professora Beth
O Brn faltará dois dias na escola. Motivo: irá acompanhar nossa mãe ao hospital, em visita ao nosso padrasto. Ela não consegue pegar ônibus sozinha. Brn irá acompanhá-la, já que ele sabe ler e ela não.

Irmã do Brn".


Ao ler o que estava escrito, fiquei super feliz, egoísticamente feliz. Claro que senti pelo padrasto do menino, mas confesso que não me ative a isso. Fique entusiasmada por saber que meu aluno, outrora cego para a leitura e escrita, tornara-se um referencial, um importante guia para sua mãe, num momento delicado. Fiquei pensando nele, colocando-me em seu lugar ao assumir tão importante missão ( levar sua mãe ao hospital em que seu padrasto estava internado - ler o letreiros dos ônibus) e me senti tão orgulhosa, tão feliz, que meu peito, acreditem, até estufou. Foi um momento incrível. Naquela hora, naquele instante, com aquele aluno, senti que meu trabalho foi cumprido, que valeu a pena.

Nossa, isso é bom demais, é tudo de bom...

2 comentários:

Unknown disse...

Olá, Beth. Que bolg lindo! Que experiência maravilhosa. Realmente, não sabemos a dimensão exata da nossa atuação na vida dos alunos. Uma vez dito algo, expresso algo, nem nós, nem eles mesmos têm a idéia exata dos resultados. Por isso, quanto mais amor, estudo e compromisso, melhor. Isso, percebi no seu trabalho. Parabéns!
Grata pela referência ao meu blog.
É lógico que colocarei um link seu. As pessoas não podem ficar sem te conhecer.
Saúde e paz!

Naurelita Maia disse...

Oi querida, passa lá que tem um selinho para vc.
Beijocas

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp