segunda-feira, 1 de junho de 2009

ESTÁ DIFÍCIL, ESTÁ DEMAIS DA CONTA!

Nossa, ainda chegando aluno a essa altura do ano, na minha sala, para ser alfabetizado. São 39 ao todo. Hoje eu tremi:

___ Mãe, ela estudava?

___ Somente em 2007 ela cursou o pré. No ano passado não estudou.

Eu pensei, caramba, pq essa criança demorou tanto para entrar na escola?

Meu Deus, não pára de entrar criança na minha classe. Eu, sozinha, não darei conta.

Perguntei para minha "aluna pesquisadora"
__ Você fica sentada aí, copiando TUDO o que eu coloco na lousa?

__ Sim, ela me respondeu, quase tudo.

Colaboração assim fica difícil. Primeiro, ela sabe pouco, segundo, é, literalmente, uma aluna copista. Com ela eu não posso contar, embora seja estudante de Pedagogia, cursando o terceiro semestre e recebendo uma bolsa do governo para pesquisar minhas aulas e ser a chamada professora auxiliar. Tá, tá bom. Quando ela não está mal humorada, não faz bico, finge de conta que não ouviu o que pedi, ela até ajuda, colando os recados aos pais nos cadernos dos alunos. Pera, quando ela não está fazendo trabalho da faculdade, ela também fica mais disponível, senão, eu tenho que esperar por sua boa vontade. Juro por Deus, quando vou ao banheiro e peço para ela assumir a sala, volto e encontro a classe pegando fogo, literalmente. Olho para o canto e ela está lá, sentada. Uma mulher de 42 anos, sem atitude.

___Ô professora, quando eu precisar ir ao banheiro e pedir para você assumir a sala, você não pode ficar sentada, neh?? Tem que ir lá na frente e ASSUMIR O COMANDO!

Imagine uma nau com 39 crianças a bordo, sem comando...

Vixe...

Assim não dá!! Busco fazer o melhor para meus alunos, mas meu limite está sendo alcançado. Nunca vi tanto desrepeito para com o professor da primeira série. Nunca!

Um comentário:

Natalí disse...

Oiee, te achei enfim...

Professora: Natalí

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp