segunda-feira, 1 de setembro de 2008

ESTOU MAL

Hoje foi um dia confuso. Chego a crer que não sou preparada para enfrentar algumas situações em sala de aula. Uma série de fatores negativos desembocaram na suspensão (por cinco dias) de seis alunos meus. Não consegui modificar esse quadro, piorei até. Agora, estou angustiada, imaginando as crianças em seus lares, comunicando o fato a seus pais, padrastos, madrastas, mães etc.

Sei que eles sobreviverão, só não sei como. Também não sei o humor de cada um no retorno à escola. Isso não é bom e nem é merecido. A punição é arbitrária, no meu ponto de vista. Argumentos meus não foram considerados, ouvidos, analisados. Chego a crer que há perseguição contra um aluno meu ou até contra minha sala inteira.

A situação é mais séria do que posso retratar aqui e envolve sutilezas, detalhes, que poderão comprometer a relação futura desses alunos comigo e com a escola (qualquer escola).

Sinto-me angustiada, falha, impotente, co-participante, traidora etc etc etc.

Está errado, está tudo errado...

Como dormirei hoje, preocupada com eles? Como?

Um comentário:

lu disse...

ola colega!

meu nome é Luciene e como você, gosto do que faço sou pedagoga e estou tentando concluir a pós em psicopedagogia, embora sonhe em fazer psicologia.
sei que tem sido dificil a sua luta com essa turma,pois também tenho vivido por momentos parecidos, mais de uma coisa eu também sei, que você não esta com esses alunos por acaso, sei que algo você tem pra aprender e também pra ensinar a cada um deles.
costumo dizer que cada aluno é um presente de DEUS pra nós professores. Nao quero te ver assim angustiada, pois você não é a solução dos problemas de nimguém, mais pode ser o meio para resolver-los e ficando assim não poderá ver a forma de ajuda-los a resolver, pois eles precisam aprender a assumir os seus proprios erros e acertos afinal eles são livres pra viver a sua própria vida. bjs

precisamos levar nossos alunos a "deixarem de ser pláteia e tornarem-se atores de sua própria vida", bem fala Augusto Cury.

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp