domingo, 9 de novembro de 2008

RAP - RITMO E POESIA - BATER - CONTAR O CONTO - FALAR


Não houve apresentação do Rap do Patinho Feio (também, choveu tanto na noite anterior, que até entendo).

Pois é...
As crianças não foram (exceto duas - uma nem ensaiar, ensaiou), o melhor aparelho de som não funcionou (fios avariados). Por fim, quando o som foi trocado por outro menor e com menos capacidade, já era tarde e um dos alunos tinha ido embora.

Mas, quer saber? A gente sempre aprende algo, mesmo diante de um insucesso (aparente). Quer ver, só?

Olha, pra compor o Rap do Patinho Feio, tivemos que reestudar o conto e debater muito, sobre a própria história, sobre a sequência dos fatos e sobre as palavras colocadas na música. Houve escolhas, reflexões, ajustes para rimas etc. Para os ensaios, a leitura foi bastante exigida. Novas palavras foram conhecidas e eu pude observar o repertório de vocabulário de cada um, percebendo a melhora desde o começo do ano. Alguns, cantaram rap para ajudar na escolha da batida.

Eu aprendi muito, também.

A pesquisa sobre a história do rap foi feita, de minha parte. Li vários artigos sobre o hip hop, suas expressões, suas práticas. Descobri que o basquete de rua faz parte do movimento hip hop (isso eu nem sabia). Conheci o MC e o diferenciei do DJ. Na procura da batida ideal, ouvi várias bases, ouvi várias produções de artistas nacionais ou não. Durante a escuta, fiquei assustada com algumas letras (cri serem violentas), mas ouvi outras tantas até legais (algumas evangélicas). Fui no youtube (youtube.com) e assisti algumas apresentações. Achei gracinha o Marcelo D2 (cantando com seu filho). Por fim, passei exaustivas horas na frente do computador ou ouvindo cd´s para encontrar algo que não encontrei: a base para o Rap do Patinho Feio.

Um aluno de outra classe (um aluno Mc), veio nos ajudar na escolha da batida. Esse foi o erro. Embora esse aluno tivesse sido convidado por crianças da minha sala, percebi que alguns ficaram com ciúmes. Quero dizer, percebi mas não acreditei (ou não quis acreditar). Só sei que já no segundo ensaio houve dissidência e no dia da apresentação só um aluno meu apareceu. A outra criança, era o aluno da outra classe, que felizmente levou um cd com base, gravada pelo grupo dele.

Bom, ontem, depois da apresentação que não teve, eu estava exausta. Pensei bem e concluí que não perdi nada, pelo contrário, essa experiência trouxe enormes conhecimentos, principalmente para mim.

Valeu sim.

2 comentários:

Suelly Marquêz disse...

Liza,nem sempre o sucesso chega juntocom o acontecimento, tenha paciencia, e não digaquesóvoceaprendeu, todos aprederam,
mas vocese surpreenderá quando colocar la na lousa umatarefinha basica sobre orap dopatinho feio------na minha intuição mitos se julgaram patinhos feios, e o ideal deles naquele momento era de serem apenas os garotoes!
mas voce veráos resultados aplique a tecnica! e depois me conta!

Anônimo disse...

Liz...
ficou lindo o rap, você as crianças estão de parabéns.
Uma pena não terem apresentado.

beijão

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp