quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ANO LETIVO - 2009

Estamos próximos de um novo começo. Nova turma, novos desafios, novas carinhas, novas mães, novas expectativas, novas dificuldades, novas vitórias. Tudo será novo, inclusive eu. Não sou a mesma, evidentemente.

Em 2009 minha turma será de primeira série - primeiro ano escolar, do fundamental I. Seguirei esse ano com pitotocos, crianças pequeninas, provavelmente trocando os dentes da frente. Eu simplesmente adoro...

Tenho esperança, pelo menos é o que promete essa classe, de que não serei xingada, ninguém me mostrará o dedo do meio, nem receberei ameaças. Essas são as possibilidades, vamos ver o que acontecerá. Além disso, terei uma auxiliar de sala, uma estudante de Pedagogia, aluna do primeiro ano. Como será meu relacionamento com essa futura profissional? Como será o relacionamento dela comigo? Nossa...tanta novidade, neh?

Falando em novidade, surgiu uma vaga para coordenadora pedagógica na minha escola. Inicialmente me interessei, até preparei o projeto. Mas, no repensar, desisti. O motivo: as gestoras da minha escola não tem experiência com o Fundamental I, nunca foram professoras do Ciclo Básico, não conhecem a dinâmica desse período escolar, nunca colocaram a mão na massa com os alunos nessa faixa etária, desconhecem, totalmente, as características psicológicas desse grupo de crianças, nem conhecem como a criança aprende, as etapas da aprendizagem do ler e escrever e dos cálculos matemáticos. Pelo que percebi, em 2008, material concreto para elas é besteira, construção do conhecimento e as teorias epistemológicas, em sua opinião, podem ser jogadas no lixo. Então, seria o mesmo, se eu trabalhasse (fosse aceita), como coorderadora, que dar murros em ponta de faca. Não, não, o desgaste seria imenso...

Vocês se lembram que 25 ábacos, construídos por meus alunos com caixas de ovos e palitos de churrascos, foram jogados fora, porque o coordenador da noite achou que tudo aquilo era LIXO?
Gente, como trabalhar como uma equipe assim.

Além disso, contaria com um grupo de professores que, provavelmente, em sua maioria não aceitam nada que fuja à educação bancária. Não sei, não sei...ficaria muito difícil para mim.

Bom, vou ficar com os desafios que virão, com a nova turma de alunos. Sou muito nova ainda para agir como camicase. Não sou mais idealista. Lido com a realidade, ou procuro lidar com ela. Num outro momento, com uma outra equipe, tentarei ser coordenadora. Agora, não dá.

Deixo claro, aqui, que gosto muito, pessoalmente falando, das meninas que gestam minha escola. São bacanas, divertidas e tudo mais. Minha crítica, aqui deixada, é em relação a sua capacidade profissional, seu conhecimento pedagógico. Tenho dito.

Um comentário:

Suelly Marquêz disse...

Liza, siga em frente o seu caminho,amiga e alcance o que voce pode obter de suas perpectivasde vida sem se frustrar pois a realidade nem sempre é o que parece. Mas desejo de coração que voce possa ser alegre e feliz
Suelly

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp