segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

MEUS PITOTOCOS CHEGARAM!!!

São 34 ao todo. Hoje compareceram 24. Meninos e meninas cheios de ansiedades, medo, dúvidas, receios e tudo o mais que envolve a chegada ao ensino fundamental I. Professora nova, amiguinhos novos, sala nova, escola nova. Muita novidade para um simples pitotoco. Normal tanta ansiedade. Até eu fiquei ansiosa. Confesso que ontem passei o dia pensando nos meus alunos novos.

Já no acolhimento, pude perceber que uns são mais tímidos que outros, alguns mais rápidos, outros mais demorados. Uns desisistiram no começo da atividade, outro persistiram. Alguns conseguiram encontrar aquilo que procuravam sozinhos, outros tantos precisaram de minha ajuda. Normal, natural, esperado etc e tals. É assim mesmo.

Ao recebê-los notei que os pais estavam tanto apreensivos quanto as crianças. Alguns me olhavam, talvez a pensar: será uma bruxa essa professora? Ela irá tratar bem o meu menino? Minha filha será socorrida por ela, quando cair? Tantos pensamentos circundavam a mente desses senhores e senhoras, que eles também precisavam de um acolhimento, e eu os dei.

Dentre os pitotocos (meus aluninhos), percebi que um é super especial: os membros superiores e inferiores são atrofiados, muito atrofiados, eu diria. Mas ele estava lá, o meu aluno, o DG, no primeiro dia de aula, sentadinho na cadeira, com seu uniforme, a esperar de mim, em primeiro lugar, aceitação e em segundo lugar que eu cumpra aquilo que me proponho: ensinar, transformar, acolher e superar toda e qualquer dificuldade, minha e deles.

DG já mostrou a que veio: PREFIRO MORRER DE FOME A IR NO REFEITÓRIO TOMAR LANCHE. Mas, DG, você vai ficar com fome? Prefiro, tia, mas não vou tomar lanche, não!

No fim, depois de negociações, fomos todos ao refeitório tomar lanche e, sabem de uma coisa, ele adorou comer o macarrão com frango (estava uma delícia). No fim, tudo deu certo, ele comeu tudo (e eu também...).

Já tô vendo que vou engordar de novo...

Ahhh, essa comida de minha escolaaaaaa....

Detalhe: almoçamos às 8h30 e eu estava morrendo de fome.

bjos

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp