quinta-feira, 19 de março de 2009

BÔNUS - 2009

Minha escola não conseguiu alcançar a meta proposta pelo governo, sequer 50%.

A escola onde trabalho esteve abandonada no primeiro semestre do ano passado, pedagogicamente falando. Além disso, muitos professores contra o sócio interacionismo e o construtivismo - eles são tradicionais em sua prática. Professores trabalhando o ano todo, de 2008, com alfabetização sem letramento, pedindo para as crianças copiarem da lousa textos enormes, sem produzir qualquer entendimento. Você via sim, uma classe absolutamente silenciosa - mas alunos copistas sem poder de reflexão. No final do ano, chega o SARESP, cuja prova é em letra imprensa, com textos curtos para reflexão e uso do gabarito para resposta. Logicamente, os alunos não seriam bem sucedidos - tiveram o ano escolar inteirinho com atividades opostas ao que se pede no alfabetizar letrando. Não é de se estranhar que o alcance de nossa meta tenha sido zero. Uma escola abandonada dificilmente produzirá algo.

Meta zero, sem bônus.

Bem feito para mim...


Meus alunos ganham com minha presença lá, mas eu, no fundo no fundo, só tenho perdido. Trabalhar com uma equipe não comprometida com o sucesso do aluno é bem complicado, cuja direção é a favor do ensino tradicional e a vice - muito bem intencionada, tiro meu chapéu para ela - não tem relação com o fundamental I, pois sua experiência é no magistério no fundamental II, fica incoerente. Sinto-me uma estrangeira na escola. Não mudarei ninguém mas não ficarei sem mudar a mim.

Em 2010 será diferente...

Nenhum comentário:

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp