sábado, 28 de março de 2009

ESTAVA ME ESQUECENDO ...

Diante do que se apresentou até agora (fracasso nos índices do IDESP, não bônus, falta dágua na escola, superlotação na sala de aula, aluno com baixa visão sem limites e sem os óculos etc), estava me esquecendo de quem sou, do que estudei, daquilo que penso e acredito. Estava esquecendo de mim.

Na sexta feira, milagrosamente, fui eu mesma na sala de aula. Percebi que não tinha cantado com meus alunos, nem dançado com eles, ainda. A tensão já era tanta, nesses poucos dias de aulas, com os problemas em sala e fora dela, que estava me esquecendo do prazer de ensinar e do prazer em aprender. Estava carregada, pesada, acinzentada.

Na sexta feira, brinquei, dancei e cantei com meus alunos. A aula transcorreu, agradavelmente, como nunca. O aprendizado aconteceu prazerosamente. Lembro da fala de minha professora: aprender deve ser algo que dá um puta prazer! (Tá, ela não usou o puta, fui eu!). É isso mesmo, tem que ser gostoso aprender, senão não vale a pena.

Eu vi que meus alunos estavam leves, tranquilos, vi como foi gostoso tudo aquilo, como foi gostoso aprender.

No dia 27/03 redescobri o prazer de ensinar e me lembrei do motivo que me fez estar ali: amor pelo que faço (com ou sem bônus).

AVE!

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp