quarta-feira, 20 de maio de 2009

NTN

Ntn é um menino lindo, com seis anos de idade e muitas "luzes" em seus cabelos.

Ntn é assim, chega correndo, sempre sorrindo (claro, sem os dentinhos da frente) e dá um abraço bem forte em mim. Massssssssssssssss...

Mas, quando ele fica bravo, fica com uma carinha tão engraçada que eu faço o maior esforço para não rir. Vou tentar descrever: ele "fecha" o semblante, faz um bico enorme, franze a testa e coloca os ombros para frente, como se fosse voar ou algo assim (como se fosse atacar, mesmo). Só que Ntn é um toquinho de gente...

___Ntn, o que houve??

Ele não responde, apenas olha pra mim, muito bravo.

___Ntn???

Ele, ainda com bico, fala:

___Ele pegou minha borracha, professora, aí, eu fui tirar dele.

___Ummmmmmmmmmmmmmmm....

Bom, resolvida a situação, Ntn volta para sua cadeira. Antes olha pra mim com aquele jeito mais bravo do mundo.

Olho pra ele e penso: Meu Deus, que coisa linda...

Ntn é muito inteligente e esperto, mas muito bravo também.


Eita, esses meus alunos...

Só vendo!

2 comentários:

Felipe Moura disse...

Este menino me faz lembrar do Biel! Eita menino bravo! Hahahaha Boa sorte para lidar com todas estas situações, Beth!

Suelly Marquêz disse...

Beth, sabe o que mais gosto? de saber desta sua vida de Professora. Muito bom.
E voce tem uma simplicidade cativante ao esvrecer dos seus incriveis alunos, muito dinamismo.Chegue mais vezes,
Beijos e pacienciA NUNCA LHE FALTE!

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp