terça-feira, 23 de março de 2010

NO MEIO DA LOUSA

No meio da lousa tinha um grilo

tinha um grilo no meio da lousa

tinha um grilo (enorme)

no meio da lousa tinha um grilo.



Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão agitadas (e das de meus alunos).

Nunca me esquecerei que no meio da aula, no meio da lousa

tinha um grilo

Tinha um grilo no meio da lousa

Que não me deixou dar aulas

no meio da lousa tinha (porque apareceu do nada) um grilo



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Um grilo enorme apareceu no meio da lousa, sobre o alfabeto de EVA amarelo. Apareceu e ficou lá por um longo tempo. Depois, o atrevido caminhou por sobre as letras penduradas, desafiando o meu olhar de brava. Ele nem quis saber dos meus questionamentos e protestos (ei, cara, se toca, vá voar em outra freguesia). Fraquinho, a cada passo seu era um suspense (será que ele cai ou não cai). Por fim, trouxe-o de volta à terra, num ato heróico. Aí sim, esqueci a aula. A gritaria foi total, porque o bichinho voava um pouquinho e assustava todo mundo (até a professora). Foi muito divertido. Um garotinho corajoso pegou o pobrezinho e, dentro de um saco de salgadinhos, levou-o até o pátio para soltá-lo no meio das árvores. Fomos todos juntos, lógico. A cada respirada do coitadinho (o grilo), um grito era dado. Gritamos muito, rimos muito, pulamos muito e corremos muito.

Eita aula completa, sô!


Tinha um grilo no meio da lousa
E a aula de hoje não será esquecida, facilmente
.

rsrs

2 comentários:

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
amei essa história do grilo, to rindo auqi, kkkkkkkkkkkk

Unknown disse...

hahahahaha comédia

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp