terça-feira, 15 de junho de 2010

DE CORTAR O CORAÇÃO

Não sei o motivo, mas acontece, e aos montes. Criança na terceira série do fundamental I sem saber ler e escrever, o pior, sem diferenciar vogal e consoante. Ou,ainda, não saber escrever seu próprio nome. Quantas existem assim?? Milhares... Em São Paulo, inclusive.

Meu Deus do céu!!!!

O que acontece com o professor e com a família que não dá conta do aprendizado dessa criança? Será que ela falta muito? Será que a abordagem do professor é equivocada? Seria um professor resistente, não disposto a aplicar as orientações das novas tecnologias de ensino aprendizagem? Seria um professor que não lê, não estuda, não se interessa, que passa o tempo todo sentado em sua cadeira, desconhecendo totalmente as necessidades de seus alunos? O que acontece, de fato??

O que acontece, não sei. Tenho minhas hipóteses, penso sobre, mas não tenho muita certeza, não posso afirmar. O que vejo? Vejo crianças pobres, negras ou brancas, algumas mal cheirosas, outras já estigmatizadas, perdidas no mundo das letras. Quem aguenta?? Quem gosta de alunos assim? Quem assume o aprendizado, de fato, dessas crianças? Eo direito delas? Cadê?

Sou muito radical. Para mim, os pais dessas crianças deveriam ser punidos e os professores das séries iniciais deveriam ser responsabilizados, de alguma forma, quando a criança não sabe ler e escrever ao chegar na terceira série.

Professores alfabetizadores deveriam ter um preparo melhor, ler mais, ter mais interesse, não podem ser indiferentes, displicentes, ignorantes (de falta de conhecimento, mesmo).

Sinceramente, eu demitiria muitos professores por falta de capacidade e competência, além disso, puniria muitos pais pelo não aprendizado dos filhos. Cobraria do governo salas com número máximo de 25 alunos, principalmente no ciclo I. Com mais essas medidas, com certeza, nenhuma criança chegaria na terceira série sem saber ler e escrever.

É um absurdo o que acontece! Uma vergonha! Uma tristeza! Um horror!

Um comentário:

Anônimo disse...

É de fato muito triste tal constatação.
Às vezes dá um desânimo diante deste cenário desolador.
No entanto, são profissionais como vc. que fazem a diferença e tentam, por vezes com sucesso, outras nem tanto, modificar isso.
Continue sua luta!
Verônica

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp