quarta-feira, 2 de junho de 2010

FUNDAMENTAL I NÃO É EDUCAÇÃO INFANTIL

Fico pasma quando me deparo com algumas atividades encontradas na internet ou nas mãos de alguma colega, que será empregada nas séries do fundamental I. Eu me recuso aplicar qualquer tarefa que bestialize meus alunos. Porque sim, você entregar uma folhinha para teu aluno pintar (e ainda por cima, indicar as cores) é desconsiderar as conquistas dessa criança, sem acrescentar nada. Minha função não é essa. Aliás, nem ganho pra isso. Há tanta coisa a ser trabalhada, tanto no ciclo I quanto no II. Os desafios a serem vencidos são imensos (e constantes) e eu não posso reduzir minha aula. Nem agora na época da Copa, nem nunca.

Vamos lá, podemos trabalhar Matemática, com as tabelas, com a cronologia do evento, com os campeonatos vencidos pelos países. Podemos trabalhar, com texto informativo, a História da Copa, a História do Futebol, o continente africano, o pais África do Sul. Podemos, ainda com texto informativo, apresentar os grandes jogadores brasileiros e os jogadores mundiais, de destaque nas copas e etc. Em leitura e escrita, podemos utilizar os nomes dos jogadores da nossa seleção para confecção de listas, podemos trabalhar as regras do futebol, e outros textos relacionados, para a construção da escrita ou da leitura etc. Além, não podemos nos esquecer, do Hino Nacional e da bandeira brasileira.

Sinceramente...
Convenhamos, dá um trabalho danado fazer direito, mas é imoral atuar no fundamental I, com atividades reducionistas.

Não dá!

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp