sábado, 13 de novembro de 2010

PENSANDO EM DESISTIR - DEIXANDO DE APRENDER.

E isso aconteceu comigo.

Na sexta-feira pensei em desistir de tudo. Nunca mais iria trabalhar de carro. Alguns erros, muita tensão, algumas dúvidas, alguns estragos. Não quero mais isso! Ir de ônibus é melhor.. Pensamentos assim nortearam minha mente, logo pela manhã. Enfrentei-os e venci todos os negativos que tentaram se apoderar de mim. Antes, quase desisti, de verdade. Imediatamente pensei nos alunos que não superam seus problemas de aprendizagem. Talvez sintam o que eu senti. Talvez sofram como eu sofri. Tenham ansiedade, dor de barriga, um sentimento ruim de que não se vai conseguir.

Puxa, me vi na figura de meus alunos. Sou adulta, venço cada medo e barreira diariamente, com muito custo. Não desisti. Infelizmente, alguns alunos, mesmo que frequentes em sala de aula, desistiram de aprender - o emocional falou mais alto.

E a culpa não é deles.

Creio que minha função, muito mais do que mediar a construção do conhecimento, é inserir nessas crianças, em algumas, a crença de que aprender é possível, que o sucesso é possível e que todo mundo pode.

Todo mundo pode.

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp