segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

SEGUINDO EM FRENTE

Seguir em frente, durante o processo de aprendizagem, é muito necessário. Enfrentar as dificuldades e esperar o sucesso é indispensável. Penso que tanto faz o que se está aprendendo, seja dirigir um carro, cozinhar um arroz ou ler e escrever. Aprendizado é aprendizado. O importante é não desistir.

Com dois meses dirigindo o meu carrinho, indo e vindo dos mais diversos lugares, sozinha, obtive uma autonomia, um conhecimento inexistente no início. Com a leitura e escrita é a mesma coisa. Lendo diversos textos é que se aprende a ler. Cabe a professora ensinar estratégias de leitura, para que o ler se torne o que tem que ser. Igualmente para a escrita. Aprende-se.

Final de ano.

Olho e vejo o quanto meus alunos aprenderam nesses dois anos estudando comigo. Vejo o quanto aprendi, com eles. De 32 crianças, apenas duas saíram sem alcançar a hipótese alfabética. Trabalhamos muito, desde o início do ano passado. Contei, também, com a parceria da família. Sem a cumplicidade dos pais, eu não alcançaria esse resultado, sei disso.

Em 2011 eles partem para novas aventuras, com outra professora. Novos aprendizados, novos desafios, algumas derrotas e novas vitórias. Eu partirei, igualmente, para nova situação de alfabetização, com os pequeninos, novas crianças sem os dentinhos da frente, prontas para o aprendizado do ler e escrever.

Torço para que meus ex alunos tenham sucesso em 2011. Torço, também, para que minha nova turma alcance aquilo que se espera nesse primeiro ano, de ensino escolar.

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp