sexta-feira, 6 de junho de 2008

ERREI. ERRE FEIO!

__Mas, professora, o que eu fiz?


__Você não cumpriu nossos combinados. Eu conversei e avisei antes de agir. Agora, você não participará da hora do jogo.


__Mas, tudo você me culpa! O Gui apronta, faz coisas erradas, mexe com todo mundo e você sempre me culpa, professora!!


Fiquei impressionada com a angústia e o inconformismo dele. Samú chorou muito, por muito tempo, um choro sentido. Olhei para o Gui e ele estava sorrindo, parecia feliz com a dor do amigo.

Nessa hora eu me toquei: percebi que favoreci o comportamento inadequado do Gui e fui rigorosa demais com outros alunos, inclusive com o Samú. Devo ter magoado muitas crianças da minha turma.

A minha dificuldade em lidar, na boa, com a violência em sala de aula, o desrespeito para com os colegas e professora, reflete no tratamento para com meus alunos. Errei feio com alguns.

Não sei, hoje estou tão cansada com tudo isso. Não me arrependo da escolha ( classe PIC) mas sofro por não ter paz em sal de aula.

Estou péssima hoje.

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp