domingo, 24 de agosto de 2008

UM BEIJO E NADA MAIS

Meu aluno, super resistente, pegava seu caderno no meu armário. Nesse momento, eu me aproximei e dei-lhe um beijo no rosto. Só isso...

Um beijo no rosto!

Da noite para o dia Wly se transformou. Agora ele aproxima-se e me abraça, encosta sua cabeça no meu ombro, responde "sim, senhora" às minhas solicitações, e nunca mais repetiu: "se fosse comigo..."

Certamente, esse garotinho sentia-se menos amado por mim, ou sentia meu distanciamento em sua relação. Não sei...

Engraçado, nem sempre sabemos da nossa importância para os alunos e como eles se sentem frustrados com nossas ações. Confesso que não tinha imensa simpatia por WLY, resultado de seu próprio proceder. Mas, doravante, meu coração será outro em relação a esse menino, meu aluno.

Um beijo mudou tudo, inclusive, reafirmou o pensamento de que tenho muito a aprender.

Ainda bem.

Bjos WLY
Prô

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp