domingo, 19 de outubro de 2008

CHAMEM A SUPER NANNY, POR FAVOR.

Hoje é domingo, pé de cachimbo...

Amanhã é preto na folhinha, literalmente...(risos).

Muitas vezes, no meio da aula, penso em pedir socorro à Super Nanny. Será que ela iria? De preferência, voando?

Aliás, poderia ser criado um programa assim, tipo Super Nanny, mas para os professores e professoras desesperadas, como eu (em alguns momentos). Ummmm, mas acho que não teria índice no IBOPE, ou talvez não haja professoras interessadas em ajuda, então não teria programa. Quando eu crescer, serei assim, não pedirei ajuda para ninguém, serei onipotente, onipresente, onitudo. Mas hoje, eu preciso, ahhhh, como eu preciso.

Tipo assim...

Um aluno meu (vide postagem Por Pouco, escrita em maio, nesse blog), o Wly, cismou em me ameaçar. Na semana passada, por duas vezes disse que eu levaria um murro na cara. Bom, na primeira vez, ele falou em tapa na cara, tapa esse não dado por ele. Na segunda vez, ao falar do soco que eu levaria na cara, ele foi mais explícito, disse que sua mãe seria a agressora. Para não dizer que não fiz nada, registrei a ocorrência no livro da escola. Ainda não farei um BO na delegacia, pela ameaça. Fui orientada, pelo advogado amigo, para não fazer nada agora, nesse sentido.

Além da ameaça, em outros dias, ao chamá-lo às tarefas ou à postura melhor ele respondeu-me que não faria lição e que nem iria parar de xingar, cantar, ofender etc, já que eu, por não ser sua mãe, não poderia mandar nele ( WLy, senta. Não sento. Você não manda em mim...).

Infelizmente, essa criança tem sérios problemas de comportamento. Além disso, tem sérios problemas em casa (seríssimos), de todos os tipos que se possa imaginar. Infelizmente, também, ele não entende que minha atenção não pode ser dada exclusivamente para sua pessoa. Tudo o que ele faz, eu sei (ou acho que sei), é no sentido de eu parar minha atividade e cuidar dele. Mas não dá, eu não consigo, não posso e nem devo proceder assim. Como ele disse, não sou sua mãe, tenho outros tantos alunos, com sérios problemas também, carentes de tudo, para atender. O engraçado é que os demais sabem esperar, mas ele não.

Não sei lidar com isso, talvez a Super Nanny possa dar algumas dicas. Já fiz de tudo para esse menino entender que, embora eu goste dele, não posso ficar a seu lado, com exclusividade. Não sei se ele não entende isso ou não quer entender.

Sinceramente, estou preocupada, não sou corajosa nem nada disso. Juro mesmo, não tirarei os óculos mais, por proteção (senão não enxergo de longe), e se eu avistar a senhora mãe desse garoto, mesmo que de bem distante, sairei correndo para dentro da escola. Eu, hein...sou boba nada.

Imaginem a cena, eu, com meus quase 50 anos, com sobrepeso, uma senhora quase avó (exagerei aqui), correndo de medo de alguém. Jamais pensei em passar por isso... (que vergonha)

Senhorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

Super Nannyyyyyyyyyyyyyyyyy, socorroooooooo!

2 comentários:

Suelly Marquêz disse...

HÁ PROBLEMAS QUE NOS OCORREM QUE SÃO AS CONSEQUENCIAS DO QUE VOCE TÃO BEM RELATA, desajustes familiares, e a propria miseria humanas, mas nocontexto a super NANY, não tem pedgogia suficiente para estes problema que é literalmente um caso de Diretoria, e levado ao CONSELHO DA INFANCIA E DA ADOLESCENCIA DAÍ,
não é o caso de Boletim de Ocorrencia,mas com moderAçaõ o conselho PODE FAZER, irá chegar ás vias de fato, COM UM TRATAMENTO PSICOLOGICO E OUTROS DEVIDOS Á ESTE GAROTO E ÁFAMILIA QUE SÓ PODEM PRECISAR DE ACOLHIDA DO eSTADO, NESTA HORA,
e tratar esta familia, tambem o Estado TEM ESTA POSSIBILIDADE, PENSE NISTO, E NÃO corra risco...

meus instantes e momentos disse...

parabens pelo post, muito bom teu blog. tão diferente do meu,
Tenha uma bela semana.
maurizio

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp