sábado, 4 de outubro de 2008

O SEGREDO DO BAÚ.

Quarta feira, dia 30/10, 10h - a festa começa.

Eles estavam quietinhos, sentados no pátio (minúsculo) de nossa escola. Eram quantos? Trezentos? Quatrocentos? Talvez mais, talvez menos, mas isso não importa. Seus olhinhos brilhavam, seus ouvidos estavam atentos a qualquer barulho - o espetáculo vai começar...

Criança gosta de teatro, e os alunos da minha escola não são diferentes. Sempre dá certo, nunca vi - a apresentação de alguma peça teatral sempre atrai a atenção das crianças. Por incrível que pareça, não houve briga, nem empurra-empurra, nada. Elas estavam, todas juntas, reunidas numa só voz, num só pensamento - como será? O quê virá?

Começa a aventura.

A apresentadora diz algumas palavras, mas não podíamos imaginar o que estaria por vir.

Uma caixa...

Uma caixa de brinquedos se abre e, de dentro, saí uma boneca. Uma boneca??? Sim, uma boneca. A festa realmente começou.

Conhecemos a boneca, o pirata, o super-pressa, o cachorro (que para mim era um coelho), e muitas outras coisas. Nossa, foi super, mega, hiper demais. A criançada riu, gargalhou, participou, cantou, amou. Nós, os professores e professoras também cantamos, dançamos, batemos palmas e participamos muito(quem quis, é claro). Por fim, no fim houve sorteio de brindes para os presentes.

Quem diria que tanta criança junta iria se comportar? Uau...não é que deu certo?

Num dos momentos, pré espetáculo, uma colega aproximou-se dos alunos de minha classe (pré-adolescentes) para pedir silêncio total e absoluto, como se isso fosse possível, diante da ansiedade de todos. Êpa, pera aí - intervi - esses alunos são de responsabilidade minha. Hellooooooooo!!!

Acho mesmo, se cada um cuidasse de sua própria vida, ou de seus próprios alunos, não teríamos tanta criança, com tanto problema, na escola. Minha mãe costumava dizer: macaco enrola o rabo, senta em cima e olha o dos outros. Helloooooooo, vamos cuidar (cada um) de sua própria vida, genteeeee...

Bom, o que importa é que tudo deu certíssimo. As crianças divertiram-se de montão.

Fiquei de colocar o telefone do pessoal do teatro aqui, mas não sei onde coloquei o bendito papelzinho com as informações. Só sei que o nome da peça é O segredo do baú, e que vale a pena ser apresentada em qualquer escola. Com certeza, a criançada vai adorar.

Gente, é isso...

Bjocas

Um comentário:

Solange disse...

Eu tive a oporunidade de ver esta peça...amei...os alunos da minha sala tb..foi lindaaaaaaaaa...
Concordo com vc como ficar quieto diante de tanta euforia...de uma coisa que para mitos era aprimeira vez que estavan diante de uma peça de teatro...tão distantes da suas realidades...Minha vó b dizia macaco senta no seu rabo e fica cuidando do rabo do outra...é mais fácila né!!!
Bjs.
Solange

Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp