terça-feira, 8 de dezembro de 2009

OBRIGADA, MÃE (PAI), PELA CONFIANÇA

Assim eu terminei a reunião de hoje, abraçando mãe por mãe, pai por pai.

Sei o quanto é difícil entregar o filho nas mãos de uma desconhecida - no caso, eu. Muitos desconfiaram, desacreditaram do meu jeito de dar aulas, de minha metodologia (alguns me achavam muito maluquinha). Mas, já no segundo semestre, consegui conquistar a confiança deles. O resultado?? Não poderia ser melhor - os alunos deram um salto enorme no aprendizado.

Mãe quando confia na professora o aprendizado da criança é certo. Na desconfiança, os alunos optam pelos pais e gastam uma enorme energia psiquica, em sala de aula, para não fazer nada. Na verdade, eles - os alunos- querem acreditar, querem gostar da professora, querem se entregar, mas quando os pais não aceitam/aprovam a professora, esses alunos ficam perdidos em sala de aula, numa angústia muito grande. Por isso, logo na primeira reunião eu digo: é muito importante que vocês sejam meus aliados nesse processo de aprendizagem, senão, quem perderá, com toda certeza, será seu filho.

De coração, tenho muita estima pelas mães/pais de meus alunos - exceto por uma responsável (avó). Sei dos meus limites e não consigo/quero gostar de todos. Enfim...

Mas, voltando ao assunto, hoje foi um dia muito especial. Nessa última reunião do ano (entre pais e professora) recebi muitos agradecimentos e votos de confiança para o ano que vem (pretendo das aulas para a mesma turma, na segunda série). Fiquei muito feliz - alguns pais me pediram desculpas pela falta de confiança inicial. Sei que cumpri o meu dever, fiz o melhor que pude, honrei o meu salário e o meu diploma. Fui fiel aos meus alunos, acima de tudo, e naquilo que acredito.

Acredito que todos possam, não há diferenças. Na verdade, para que todos possam, suas famílias devem estar presentes. Eu consigo, já sei disso, mas sem o apoio da família, meu trabalho fica aquém do que poderia ser.

Finalizo essa texto dizendo: mães, pais e reponsáveis pelos alunos da primeira série A, obrigada pela confiança. Espero não ter decepcionado.

NO ano que vem, tem mais, se Deus quiser, estaremos juntos novamente.

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp