terça-feira, 11 de maio de 2010

SENTADA NÃO DÁ

Eu não concebo uma aula, nos moldes de construção do conhecimento, com a professora sentada. Bem, para mim não dá. Sento, na verdade, na hora de fazer a chamada.

Além de colocar os itens na lousa e levantar as questões, ouço as respostas, refletimos sobre elas, selecionamos as corretas, questionamos as demais, levanto mais questões, apresento outros itens, chegamos à teoria, transcrevo o resultado final. Isso leva tempo e atividade física. O movimento é constante. Sentada na cadeira eu não faria a metade.

Além disso, circulo para ver os registros nos cadernos, observo os acertos e aquilo que tem que ser aprimorado, o que tem que ser trabalhado para sair-se do erro. Questiono o que foi escrito (Leia o que vc escreveu aqui, está correto? ou, pensa se há outra forma de você escrever essa palavra, ou, etc). Não posso observar aluno por aluno e perceber as dificuldades de cada um, sentada. Para mim, isso é impossível.

Deixo aqui meus parabéns, embora cheios de descrenças, para quem consegue ministrar aulas, no ensino fundamental I, primeiro ciclo, sentada. Coisa milagrosa.

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Construção

Construção
O eu, escreveu Lacan, constrói-se à imagem do semelhante e primeiramente da imagem que me é devolvida pelo espelho - este sou eu. O olhar do outro devolve a imagem do que eu sou. O bebê olha para a mãe buscando a aprovação do Outro simbólico. O bebê tem que (é obrigado a) se “alienar” para que se constitua um “sujeito”. Porém só quando o bebê perde o objeto do seu desejo (mãe/seio) é que ele verifica que sua mãe não faz parte do seu corpo e não é completo (completude). Esta perda/separação vem por meio do “Significante Nome do Pai” que são as leis e limitações naturais da vida (trabalho, individualidade etc.). http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/24/artigo70925-1.asp