Nesses dias eu me vi no meu aluno. Estávamos realizando a escrita de um texto (Continue a história) e ele simplesmente congelou: professora, eu não sei escrever!
__ Como não sabe, Quinho? Um pouquinho você sabe sim! Faça como você puder.
E ele ficou lá, parado. Sei o processo, vivencio isso quando pego meu carrinho para digirir:
___ Filha, não lembro mais, deu branco.
___ Mãe, é lógico que você sabe. Fica calma e liga de novo teu carro (nessas alturas, já sepultado).
___Quinho, vamos...
Quinho fica bravo, faz um bico enorme, cruza os braços, abaixa a cabeça e chora. Sempre é assim, mas não precisa ser assim. Chego perto dele, falo baixinho, só pra ele ouvir: Você consegue, eu posso apostar. Mas se você ficar aí de cabeça baixa, braços cruzados, não vai conseguir mesmo. EU SEI que você pode, vamos, tenta...
___Mãe, tenta de novo, relaxa, respira fundo, liga o carro...
Quinho não gosta de errar, por isso ele não tenta. Eu também não gosto de errar, tenho vontade de sair do carro e desistir. Vamos mãe! Vamos Quinho!
Aprender dói. Sofremos sim. Sofre mais quem não quer errar, quem não se dá esse direito. É o meu caso, seria o caso do Quinho?? Seria o teu caso??
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